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Quem são as mulheres em situação de rua?

Foto do escritor: PretasRuasPretasRuas

Atualizado: 15 de set. de 2021

Mulheres são minoria em situação de rua, mas sofrem mais violências.

No Rio de Janeiro, um estudo feito pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH) em 2016 verificou que os homens são 81% da população em situação de rua na cidade e as mulheres são 19%.


"A maioria das mulheres que vivem em situação de rua são vistas com preconceito e estigma, algumas pessoas as consideram como mulheres de pouco valor social, que escolheram morar na rua, que não valorizavam a vida em família, como pessoas desonestas, de índole má e desocupadas."


Censos realizados em grandes centros mostram que as mulheres são minoria na população de rua: entre 15% e 20% do total. No Rio de Janeiro, um estudo feito pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH) em 2016 verificou que os homens são 81% da população em situação de rua na cidade e as mulheres são 19%.


Ao pesquisar sobre mulheres em situação de rua percebemos a invisibilidade também presente nas políticas demográficas e de acolhimento e se torna extremamente visível o descaso e presença de políticas públicas repressivas, focalistas e higienistas que contribuem para esconder os problemas presentes com a remoção de pessoas em situação de rua e desocupação violenta dos espaços públicos. Apesar de entendermos as dificuldades e especificidades que é a realização de mapeamentos e censos, a falta de conhecimento só contribui para dificultar a implantação efetiva de políticas públicas específicas para este público.


A mulher em situação de rua vivencia a vulnerabilidade social sob dois aspectos: pela condição de vida nas ruas e de gênero. Elas podem estar nas ruas por diversas razões, como por exemplo: saída de casa por problemas familiares, desavenças, violência doméstica, questões econômicas, uso de drogas lícitas e ilícitas, algum histórico de doença física ou mental, e apesar de pouco frequente também é possível perceber em poucas apenas o desejo de viver em situação de rua, pois entre as escolhas que lhe foram apresentadas viver na rua foi a única opção que lhes restou ou era conhecida.


A maioria das mulheres que vivem em situação de rua são vistas com preconceito e estigma, algumas pessoas as consideram como mulheres de pouco valor social, que escolheram morar na rua, que não valorizavam a vida em família, como pessoas desonestas, de índole má e desocupadas.


A Pretas Ruas deseja colaborar para que essas mulheres não sejam vistas com preconceitos e estigmas sociais, também não queremos que essas mulheres sejam apenas números, dados ou estatísticas, queremos saber seus nomes, desejos, habilidades e sonhos.


Texto por: Pamella Oliveira.

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