No Dia Internacional da Mulher, ouvimos discursos sobre empoderamento, igualdade e conquistas. Mas e aquelas que seguem invisibilizadas, à margem da sociedade, sem acesso ao mínimo para viver com dignidade? As mulheres em situação de rua enfrentam desafios que vão muito além da falta de moradia – lidam com violência, abandono e a omissão das políticas públicas, que não consideram suas necessidades específicas.
Se queremos falar de justiça para todas as mulheres, precisamos falar sobre mulheres em situação de rua.
🚨 A realidade das mulheres nas ruas
Os números deixam claro o tamanho do problema:
🔹 17,3% da população em situação de rua no Brasil são mulheres, segundo o IPEA.
🔹 49% já sofreram violência física ou sexual, muitas vezes dentro dos abrigos ou nas ruas.
🔹 Falta acesso a higiene básica, absorventes, banheiros e espaços seguros para dormir.
🔹 Muitas são mães e enfrentam a dor da separação dos filhos, que acabam em abrigos ou sob tutela do Estado.
A maioria das políticas sociais não enxerga essas mulheres. Os programas habitacionais e de assistência foram desenhados para um perfil masculino e não levam em conta questões como a necessidade de segurança, o impacto da violência de gênero e o direito ao autocuidado.
👁️ Quando a sociedade vira o rosto
A mulher em situação de rua é julgada o tempo todo. “Onde estão os filhos?”, “Por que ela não trabalha?”, “Ela deve estar nessa situação por escolha”. A verdade é que muitas delas chegaram às ruas fugindo de violência doméstica, abusos e abandono. Sem apoio da família e do Estado, a rua acaba sendo a única saída – mas também se torna uma nova prisão.
É urgente entender que ninguém escolhe estar em situação de rua. O que falta não é força de vontade, e sim acesso a oportunidades e direitos básicos.
🔥 O que podemos fazer para mudar essa realidade?
💜 Cobrar políticas públicas que garantam moradia, segurança e direitos para essas mulheres.
💜 Apoiar iniciativas sociais que oferecem acolhimento, assistência e caminhos para a inclusão social.
💜 Quebrar o ciclo de invisibilidade, falando sobre essa realidade e trazendo mais pessoas para essa luta.
Se queremos um Dia Internacional da Mulher verdadeiramente inclusivo, precisamos garantir que TODAS as mulheres tenham dignidade e direitos.
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