Julho Amarelo: Prevenção com Dignidade nas Calçadas
- pretasruas

- 14 de jul.
- 2 min de leitura

Em pleno Julho Amarelo, a cor do alerta encontra a potência de quem ocupa a rua. Para nós, da Pretas Ruas, a prevenção às hepatites virais não começa em prédios começa nas ruas, calçadas, no olhar atento às vozes que carregam histórias de resistência.
O que são as hepatites virais?
Hepatite é inflamação do fígado, órgão que filtra toxinas, produz proteínas e mantém a vida em equilíbrio. As formas A, B, C, D e E circulam de maneiras distintas:
A e E: água e alimento contaminados.
B, C e D: contato com sangue e líquidos corporais.
Sem diagnóstico e tratamento, até as hepatites “autolimitadas” podem deixar sequelas graves: cirrose, câncer de fígado e insuficiência hepática.
Por que falar disso nas ruas?
Silêncio letal: muitas pessoas convivem com o vírus sem saber até 90% dos casos de B e C são assintomáticos.
Barreiras de acesso: teste rápido, vacina e tratamento muitas vezes não chegam a quem vive nas ruas.
Violência estrutural: pessoas negras, periféricas e em situação de rua enfrentam estigmas que dificultam o cuidado.
Para além do discurso, precisamos levar prevenção com escuta, empatia e linguagem que acolhe.
Redução de Danos é Saúde Integral
A gente sabe que redução de danos não é só insumo: é cuidado de corpo e de vida. Por isso, oferecemos:
Kits acessíveis – seringas limpas, preservativos, folders em linguagem simples.
Rodas de conversa – espaços seguros para partilhar dúvidas, receios e saberes.
Acompanhamento ativo – encaminhamento e suporte até o serviço de saúde, passo a passo.
Quando a prevenção chega com afeto, transforma-se em vínculo e em coragem para buscar cuidados.
Quem tem direito ao diagnóstico? Quem tem direito ao tratamento? Quem tem direito à vida?
Na Pretas Ruas, respondemos: todas as pessoas! Vamos juntas ocupar cada esquina com dignidade, escuta e prevenção. Porque cuidado é aposta de vida e nossa vida é resistência.









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