O mês de conscientização e mobilização para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Diagnóstico precoce, para quem? Para conduzir a reflexão, partimos das nossas experiências empíricas nos territórios, em suas extremas vulnerabilidades, denunciando a indignidade das condições de vida da população negra, onde há ausência do Estado, com seus critérios de exclusão e inclusão, no que se refere aos seus direitos à saúde integral das mulheres pretas.
Diagnóstico precoce, para quem? Torna-se importante provocarmos essas reflexões para reivindicarmos por políticas públicas integrativas que reduzam a desigualdade, sobretudo na (re)produção dessas desigualdades, e ampliem a promoção da equidade em saúde.
Os impactos da naturalização, das ausências que atravessam e invisibilizam as mulheres pretas em situação de rua, seguem segregando. A campanha do Outubro Rosa de fato precisa ser materializada em suas propostas, viabilizando acessos e recursos para um diagnóstico precoce, ao alcance das pessoas que vivem em territórios mais vulneráveis e as ruas, para aquelas que nela vivem.
Seguimos reafirmando o nosso compromisso de fortalecer a intersetorialidade, onde as políticas públicas de proteção social sejam integradas, em suas práticas, alinhadas e proporcionando qualidade e efetividade para o cuidado ampliado, para a promoção da saúde das mulheres vulnerabilizadas, em situação de rua, garantindo sua dignidade.
Texto: Carla Ferreira

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